As enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul entre o final de abril e início de maio de 2024 foram descritas pelo governo estadual como "a maior catástrofe climática" da história do estado. Em apenas alguns dias, o volume de precipitação variou de 300 a 700 mm, afetando mais de 60% do território gaúcho. Além dos prejuízos à infraestrutura, a agricultura foi gravemente impactada, com perdas nas culturas de soja, arroz, trigo e milho.
Em entrevista ao Portal Agrolink, o professor Michael Mazurana, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), destacou que as chuvas intensas e concentradas em curtos períodos têm intensificado os problemas de erosão hídrica. "O solo não consegue absorver a água rapidamente, o que gera enxurradas e perda de solo", explicou. Essa erosão afeta diretamente a produtividade, especialmente em áreas agrícolas que dependem de práticas de manejo inadequadas ou simplificadas.
Por Agrolink
Foto Ascom Seapi