Doação de órgãos e tecidos passa por processo de rastreio de doenças para tornar seguros os transplante
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Publicado em 16/10/2024

O Brasil possuiu o maior e mais seguro sistema de transplantes do mundo, sendo referência internacional. No país, após constatada a morte encefálica de um doador de órgãos e com a concordância da família, é feita uma série de exames para rastrear possíveis doenças antes da doação de órgãos. É nesse momento que são testadas doenças como HIV, sífilis, toxoplasmose, doença de chagas e hepatites, entre outras. "E sempre feita avaliação do quadro clínico do doador esem esses testes a doação não é possível", explicou o coordenador da Central de Transplantes da Secretaria da Saúde (SES), Rogério Caruso. Ele também reforçou que o receptor do órgão tem monitoramento periódico das condições de saúde ao longo de toda a vida.

No Rio Grande do Sul, os exames são realizados por laboratórios dos próprios hospitais e, em alguns casos, por hospitais da capital que possuem Organizações de Procura de Orgãos (OPOs), como a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). "Quando uma equipe ou hospital se habilita para realizar transplantes, e realizada uma vistoria e exigida uma série de certificações e alvarás. Essa fiscalização é feita pela Central de Transplantes da SES", comentou Caruso. O Estado não utiliza rede externa de laboratórios privados para a realização desses exames.

Segundo o Plano Estadual de Doação e Transplantes do Rio Grande do Sul, há 67 Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) no Estado. São formadas por equipes multiprofissionais da área de saúde e têm a finalidade de organizar, dentro dos hospitais, as rotinas e protocolos que possibilitem o processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes.

O Rio Grande do Sul também conta com sete OPOs, que estão sediadas em hospitais das macrorregiões Metropolitana, Serra, Vales e Norte. São seis OPOs que fazem a busca ativa de doadores e a notificação de morte encefálica, e uma OPO cirúrgica, composta por equipe de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, responsáveis pela captação e logística de transporte de órgãos. Rio Grande do Sul já realizou 1.149 transplantes em 2024.

De janeiro até 19 de setembro, foram realizados no Rio Grande do Sul 1.149 transplantes de órgãos. O número de doadores efetivos, nos quais foi possível a retirada de algum órgão, chegou a 158, equivalente a 30% das notificações dos hospitais sobre pacientes com morte cerebral, potencialmente aptos a doações. Um porcentual que supera a média no país, de 19%, e fica levemente abaixo dos 33% registrados em 2023. Havia, no mês de setembro, cerca de 2,6 mil pessoas na lista de receptores ativos.

 

 

Por redação

Foto Divulgação SES

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