Julho se destaca como mês que gera conscientização sobre as hepatites virais, infecções causadas no fígado por conta de um vírus ou uso excessivo de certos medicamentos, álcool ou drogas. Na maioria das vezes elas não apresentam sintomas e podem ser letais, fazendo com que a conscientização sobre essas doenças seja extremamente necessária.
Existem cinco tipos de hepatite, a doença é classificada por uma letra do alfabeto podendo ser do tipo A, B, C, D ou E.
Hepatite A: tem o maior número de casos, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e se cura naturalmente. A vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e é a principal medida de prevenção a doença. Além disso, atos de higiene básica também ajudam como lavar as mãos, utilizar água tratada, cozinhar bem os alimentos antes da ingestão, etc.
Hepatite B: tem o segundo maior número de casos, é mais transmitida por meio sexual e contato sanguíneo A vacina é a principal medida de prevenção contra a hepatite B, sendo extremamente eficaz e segura; usar preservativo em todas as relações sexuais; não compartilhar objetos de uso pessoal, como láminas de depilar ou escovas de dente.
Hepatite C: é transmitida principalmente pelo sangue e altamente mortal. A taxa de mortalidade da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada ao HIV e tuberculose. Também é a maior causa de transplantes de fígado. Ainda não existe uma vacina que previna contra essa hepatite, portante é preciso manter cuidados com objetos pessoais e ao se relacionar sexualmente.
Hepatite D: ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D. É mais comum na região Norte do país.
Hepatite E: É a menos frequente no Brasil, transmitida pela via digestiva (fecal-oral) pode vir a provocar grandes epidemias em certos locais. Não se torna crônica, porém pode ser mais perigosa em mulheres grávidas.
O impacto dessas infecções acarreta em aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada as hepatites. O Ministério da Saúde anunciou que pretende ampliar e simplificar o diagnóstico e tratamento de hepatite B no Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa, com a adoção das novas diretrizes, é erradicar a hepatite como problema de saúde pública até 2030.
Por Augusto Lettnin Ferri
Foto Freepik/Reprodução