O Rio Negro alcançou hoje seu nível mais baixo em 120 anos de registro em Manaus, quebrando o recorde de 2010. A seca de 2023 é considerada a pior nesta região da Amazônia. De acordo com medições do Porto de Manaus, a cota atual do rio é de 13,59 metros, superando a marca de 13,63 metros registrada em 2010.
Renato Senna, climatologista e pesquisador do Inpa, prevê que o rio continuará a baixar. Historicamente, as secas mais intensas persistem até o final de outubro e início de novembro. Essa estiagem afetou significativamente a vida das pessoas que dependem do rio em Manaus, levando à desolação em áreas como a Marina do Davi, onde embarcações estão inutilizáveis devido ao nível da água.
A situação se agrava com relatos de isolamento, lama e falta de abastecimento nas comunidades ribeirinhas. Outros pontos da Amazônia também enfrentam secas extremas, com igarapés secando completamente e residentes tendo que percorrer longas distâncias em busca de água potável.
Foto: REUTERS/Bruno Kelly
Renan Ferreira (estagiário sob supervisão de Paola Fernandes)