Dolarização na Argentina teria custos elevados, diz estudo
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Publicado em 16/10/2023

 

Um estudo da Associação Internacional de Bancos (IIF, na sigla em inglês) analisou os possíveis efeitos da dolarização na Argentina, uma medida defendida por alguns candidatos nas eleições presidenciais de outubro. A conclusão é que a mudança teria custos elevados em termos de divisas, impacto social e para o Rio Grande do Sul, principal parceiro comercial do país vizinho.

Segundo o estudo, a Argentina precisaria de US$ 80 bilhões para dolarizar sua economia, o que representa quase 13% do seu Produto Interno Bruto (PIB). Como o país não dispõe de reservas suficientes, teria de gerar uma recessão de 3,5% para reduzir a demanda por dólares. Além disso, a dolarização eliminaria a autonomia monetária e cambial do país, dificultando o ajuste aos choques externos.

Para o Rio Grande do Sul, a dolarização na Argentina poderia ter efeitos negativos sobre as exportações, especialmente de produtos industriais, como automóveis, máquinas e equipamentos. O estudo estima que as vendas externas do Estado para o país vizinho cairiam 15% no primeiro ano da mudança. Por outro lado, a medida poderia aumentar a confiança dos investidores e reduzir a volatilidade cambial na região.

 

Foto: GZH.

Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes). 

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