A seca na Amazônia tem causado sérios impactos, incluindo o desaparecimento de rios. Um exemplo alarmante é o igarapé Paranã de Tefé, no médio Solimões, que simplesmente não existe mais. Os moradores das comunidades próximas a ele enfrentam dificuldades para obter água para suas necessidades diárias.
Um dos sintomas visíveis dessa seca é a fumaça que penetra nas casas de Manaus, deixando um cheiro de queimado que persiste por semanas, resultado dos incêndios que consomem a região. Navegar nesse ambiente é como decolar um avião às cegas, sem conseguir distinguir entre nuvens e fumaça.
Outro impacto significativo é a redução drástica do tamanho de lagos, com o superaquecimento das águas, a formação de bancos de areia extensos e a limitação da navegação. Animais como botos vermelhos e tucuxis sofrem com as condições adversas.
No entanto, nada se compara ao desaparecimento de um rio no município de Tefé (AM). O igarapé Paranã de Tefé, que costumava ser uma via navegável importante, está completamente seco. Na foz do rio Tefé, onde ele costumava desaguar, o igarapé se transformou em um banco de areia, agravado pelo calor extremo. Essa ausência de água afeta comunidades que dependem dela.
Os moradores tentam captar a água da chuva, mas isso é uma solução limitada devido à extrema escassez de chuva em uma seca que já é considerada histórica na região do médio rio Solimões, onde cidades como Tefé e Fonte Boa estão localizadas.
Foto: Euzivaldo Queiroz/Heuters
Renan Ferreira (estagiário sob supervisão de Paola Fernandes)