As inundações que deixaram dezenas de mortos nos últimos meses no Rio Grande do Sul podem servir de alerta para a necessidade de prevenção a outros fenômenos naturais que podem se tornar mais frequentes com as mudanças climáticas.
Uma das medidas é o zoneamento de inundações, que consiste em identificar as áreas dos municípios sujeitas a alagamentos e restringir o uso desses espaços para moradia. Quando não for possível realocar os moradores, é preciso estimular adaptações construtivas, como casas mais elevadas. Também é importante criar sistemas de alerta para avisar a população sobre a elevação do nível dos rios e orientar sobre como proceder em caso de emergência.
Outra medida é a gestão de águas pluviais, que envolve o planejamento e a execução de obras para melhorar o escoamento da água da chuva e evitar o transbordamento dos rios. O professor Carlos Tucci, da UFRGS, elaborou um plano nesse sentido para a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que propõe divisões de responsabilidades entre municípios, Estados e União. Segundo ele, o Brasil ainda não tem uma estrutura bem organizada para fazer mapeamentos de riscos e implementar ações preventivas.
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Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).