Um estudo baseado nos dados do Censo de 2022 revelou que o Brasil terá que fazer uma nova reforma da Previdência no próximo governo, devido ao ritmo acelerado de crescimento dos benefícios do INSS. Segundo o levantamento, os pagamentos de aposentadorias e pensões aumentaram três vezes mais que a população brasileira nas últimas quatro décadas, uma tendência que deve continuar, pressionando as contas públicas.

O estudo, publicado no Observatório de Política Fiscal do Ibre/FGV, foi feito pelo economista Rogério Nagamine, que atribui o descompasso à mudança demográfica, com o envelhecimento da população e a redução da taxa de natalidade, e à informalidade do mercado de trabalho, em que muitos trabalhadores não contribuem para a Previdência.

Nagamine alerta para a necessidade de um planejamento de médio e longo prazos para evitar problemas fiscais e garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário. Ele sugere algumas medidas, como reavaliar o programa do MEI, que tem alíquota previdenciária facilitada, mas baixa arrecadação; e aumentar a idade mínima para aposentadoria, considerando o aumento da expectativa de vida.

Foto: G1.

Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).