O Japão vai começar nesta quinta (22) a liberar no oceano a água residual radioativa tratada e diluída da Central Nuclear de Fukushima Daiichi, que sofreu uma fusão nuclear em 2011 após um terremoto e um tsunami. O plano, que tem o aval da Agência Internacional de Energia Atômica, visa resolver o problema do armazenamento da água contaminada, que deve atingir sua capacidade máxima em 2024.
No entanto, a decisão do governo japonês enfrenta forte oposição dos países vizinhos, como a China e a Coreia do Sul, que temem os impactos ambientais e sanitários da medida. Ambos os países já proibiram a importação de alguns alimentos japoneses e realizaram protestos contra a liberação da água radioativa.
A água residual é proveniente da chuva, da água subterrânea ou das injeções necessárias para resfriar os núcleos dos reatores nucleares. Ela passa por um processo de filtragem que remove a maioria dos elementos radioativos, exceto o trítio, que tem baixa radioatividade. A água é então diluída até atingir os padrões internacionais de segurança.
Foto: Agencia Brasil.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).