Walter Delgatti Neto, o hacker que invadiu as contas de autoridades da Lava Jato, afirmou à CPI da Fake News que foi o responsável por elaborar o conteúdo do relatório do Ministério da Defesa sobre as urnas eletrônicas nas eleições de 2022. O documento, entregue ao TSE, não apontou fraudes, mas levantou dúvidas sobre a isenção do sistema.
Delgatti disse que não teve acesso direto ao código-fonte das urnas, mas que recebeu informações dos técnicos do ministério, que iam até o TSE e decoravam partes do código. Ele afirmou que repassou suas conclusões aos técnicos, que as colocaram no relatório.
O hacker também revelou que entrava no Ministério da Defesa pela porta dos fundos, sem registro oficial, para evitar ser identificado. Ele disse que contou essa informação à Polícia Federal em depoimento após ser ouvido na CPI.
Foto: G1.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).