O Gerint, sistema que regula as internações pelo SUS no RS, enfrenta uma crise devido ao aumento da demanda por leitos de alta complexidade. Segundo o diretor do Departamento de Regulação Estadual, Eduardo Elsade, o país vive um “rebote da pandemia” que agravou problemas de saúde como câncer, AVC e infarto. Além disso, há dificuldades no financiamento federal para habilitar mais leitos e equipes especializadas.
O Gerint funciona desde 2019 e é responsável por analisar as solicitações de transferência entre hospitais gaúchos, levando em conta fatores como risco de vida, doença, tempo de espera e ordens judiciais. A fila de espera do sistema é técnica e não cronológica, ou seja, prioriza os casos mais graves. Quem decide aceitar ou não o paciente é o hospital que receberá o paciente.
Nos seis primeiros meses de 2023, o Gerint registrou uma média de 800 pedidos diários de transferência, um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. Na terça-feira (15), dos cerca de 800 pacientes que estavam na lista do sistema, 190 aguardavam transferência para realização de algum procedimento na área da cardiologia, por exemplo.
Foto: Diário da Manhã.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).