Tenente-coronel do Exército é suspeito de envolvimento em esquema de venda ilegal de presentes do governo Bolsonaro
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Publicado em 17/08/2023

Mauro Cid, tenente-coronel do Exército, está sob suspeita de liderar um esquema de comercialização ilícita de presentes recebidos pelo governo de Jair Bolsonaro. Curiosamente, Cid minimizava seu conhecimento sobre itens de luxo, como revelado em uma conversa datada de março de 2023. Nesse diálogo, o tenente-coronel confessou ter aprendido recentemente sobre a marca de luxo Chopard, a qual estava associada a um dos relógios que Bolsonaro recebeu e que a Polícia Federal suspeita ter sido desviado.

A reviravolta na narrativa ocorre quando se observa que Cid, meses antes, desempenhou um papel crucial ao levar esse exato relógio, que fazia parte de um conjunto avaliado em R$ 5,1 milhões, para os Estados Unidos. Conforme as investigações da Polícia Federal indicam, esse relógio, parte dos itens recebidos pelo governo brasileiro durante uma viagem à Arábia Saudita em 2021, foi removido do país em dezembro, transportado no avião presidencial durante a viagem de Jair Bolsonaro à Flórida, nos Estados Unidos, poucos dias antes do término de seu mandato.

Documentos obtidos pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas corroboram ainda mais as suspeitas. Esses documentos revelam que, em dezembro de 2022, Cid digitalizou e armazenou quatro certificados de autenticidade de itens da marca Chopard em seu e-mail.

 

Foto: G1

Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes). 

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