Com um saldo trágico de 704.897 vidas perdidas em solo brasileiro, a covid-19, parece estar gradativamente se tornando uma presença menos avassaladora nos corredores hospitalares. Sua identificação, quando ocorre, está associada a sintomas leves, semelhantes aos de um resfriado ou gripe, e, na maioria das ocorrências, não culminam em quadros graves ou fatais, especialmente entre pacientes sem condições médicas pré-existentes. Essa mudança de panorama emerge como um relato comum entre os profissionais de saúde que atuam no Rio Grande do Sul.
A experiência desses médicos no cenário clínico dos últimos meses ecoa diretamente nos números associados à covid-19 em 2023. Comparando os dados do presente ano com os do ano anterior, o estado de observação um notável declínio de 77,9% no número de mortes relacionadas à doença.
Conforme análise dos dados fornecidos pelo Ministério da Saúde (MS), entre o período de 1º de janeiro a 11 de agosto deste ano, foram registrados 920 óbitos decorrentes da covid-19 no Rio Grande do Sul. No mesmo intervalo temporal de 2022, esse número havia sido significativamente mais alto, atingindo 4.172 óbitos.
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