Enquanto o futuro do rotativo do cartão de crédito, uma das formas mais caras de financiamento no país, permanece indefinido, o governo e o Banco Central estão envolvidos em debates sobre maneiras de desencorajar compras parceladas sem juros - uma proposta pelas instituições financeiras, que identificam nessa modalidade a principal responsável pelo aumento das taxas no rotativo.
O sistema de diferenciação por categoria de produtos seria implementado da seguinte maneira: produtos duráveis, como eletrodomésticos, poderiam ser divididos em um número maior de parcelas. Por outro lado, produtos semiduráveis (como roupas) seriam comercializados com prazos de parcelamento mais curtos.
Entre as soluções em discussão, destaca-se a possibilidade de adoção de um modelo de parcelamento que leve em conta a natureza do produto adquirido e a duração da operação.
Elas ocorrem simultaneamente à possível eliminação do sistema rotativo do cartão, ativado toda vez que um consumidor paga apenas uma emissão da fatura até o vencimento. Essa linha de crédito apresenta juros médios de 437% ao ano e uma taxa de inadimplência de 49%, conforme dados de junho do Banco Central.
Foto: UOL.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).