A Cúpula da Amazônia vai ter seu início nesta terça (08) e reune líderes e especialistas para discutir os desafios críticos enfrentados pela região. Entre os temas que serão abordados, a possibilidade de expansão da exploração de petróleo na Amazônia se destaca, gerando preocupações acentuadas da sociedade civil.
A sombra do desmatamento, garimpo ilegal e a preservação dos direitos indígenas paira sobre o encontro, com a ampliação das atividades petrolíferas sendo alvo de discussões acaloradas. Nesse contexto, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se posicionado a favor da autorização do Ibama para a Petrobras investigar a viabilidade de extração de petróleo na área da foz do Rio Amazonas.
O Ibama, por sua vez, enfrenta pressões conflitantes após negar licença à Petrobras em maio, apontando deficiências nas medidas de segurança ambiental apresentadas pela empresa.
Os debates preparatórios para a cúpula foram concluídos na segunda-feira (7), trazendo à tona o intenso engajamento da sociedade civil. Os "Debates Amazônicos" buscaram formular propostas direcionadas aos representantes dos países participantes.
Em uma expressão visível de preocupação, a organização Engajamundo liderou um protesto na véspera da abertura oficial. Os manifestantes utilizaram máscaras e equipamentos de proteção, exibindo cartazes com a incisiva pergunta: "A COP vai passar e quantas manchas vão ficar?", ressaltando as inquietudes sobre os possíveis impactos duradouros das decisões tomadas na cúpula.
Foto: G1.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).