A indicação do economista Marcio Pochmann para assumir a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem gerado polêmica devido a suas opiniões controversas e atuação contestada à frente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Entre suas posições críticas, Pochmann já manifestou desaprovação em relação ao Pix, o sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central. Em uma publicação no Twitter, em 13 de outubro de 2020, os economistas classificaram o Pix como um "passo na via neocolonial" do país e sugeriram que sua adoção poderia levar à abertura financeira com o real digital e sua conversibilidade ao dólar, representando, segundo ele, uma submissão ao domínio dos Estados Unidos.
Além disso, durante sua obrigatoriedade no Ipea, entre 2007 e 2012, Pochmann defendeu uma reforma tributária que acabasse com o PIS e a Cofins, dois impostos federais incidentes sobre o consumo, e reservou um sistema para o Imposto de Renda com 12 faixas de cobrança em vez das duas existentes à época. Nesse modelo, estava prevista a cobrança de uma alíquota de 60% para quem tivesse renda superior a R$ 50 mil elevados. Os economistas também defenderam a criação de um imposto de 1% sobre grandes fortunas.
Foto: Correio do Povo.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).