Por longos anos, os homens gays não podiam doar sangue nos Estados Unidos pelo fato das autoridades acreditarem que poderia haver risco de contaminação no banco de sangue com o vírus do HIV. Agora, todos os doadores serão selecionados de acordo com um questionário que precisarão responder.
Esse é um tema ainda cheio de tabus e medos, devido a contaminação do vírus ser, além de sexualmente transmissível, também ser por contato sanguíneo. As novas regras no país americano passam a valer a partir desta quinta-feira (11).
De acordo com a Administração de Comidas e Drogas (FDA), órgão que regulamenta as doações de sangue, agora à frente das diretrizes que foram feitas há décadas com o objetivo de evitar que o suprimento de sangue para doação fosse contaminado com o vírus HIV.
Nova Regra Americana
Doadores em potencial – independentemente da orientação sexual, sexo ou gênero serão selecionados com um novo questionário que avalia seus riscos individuais de HIV com base no comportamento sexual, parceiros recentes e outros fatores.
Doadores em potencial – que relatam ter feito sexo anal com novos parceiros nos últimos três meses serão impedidos de doar por um período.
Regra Brasileira
No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar as restrições em 2020. Votaram a favor da possibilidade da doação os ministros Edson Fachin, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes.
Segundo Gilmar Mendes, em meio à epidemia do coronavírus, “a anulação de impedimentos inconstitucionais tem o potencial de salvar vidas, sobretudo numa época em que as doações de sangue caíram e os hospitais enfrentam escassez crítica, à medida que as pessoas ficam em casa e as pulsações são canceladas por causa da pandemia de coronavírus”.
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Por: Lidiane Lopes (estagiária sob supervisão de Igor Islabão).