A ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi recebida pelo governador Eduardo Leite na noite desta quinta-feira (4/5), no Palácio Piratini, para uma reunião que tratou de políticas públicas da área. A secretária da Saúde, Arita Bergmann, também participou do encontro.
Leite destacou a importância da articulação entre União, estados e municípios em prol da oferta de serviços qualificados para a população. “Nosso sistema de saúde pressupõe essa coordenação para poder prestar serviços de qualidade tanto na atenção primária quanto na média e alta complexidade", disse. "Saudamos a ministra como alguém que é da área e está com disposição de reposicionar o Ministério da Saúde como coordenador das políticas públicas de saúde no país, o que é fundamental.”
A ministra reforçou a ideia de estabelecer diálogo e colaboração com os entes subnacionais. “Este trabalho colaborativo e interfederativo é muito importante. Colocamos todo o nosso esforço para recuperar essa capacidade de coordenação, com diálogo e trabalho junto aos secretários estaduais e municipais de Saúde e com os governadores e prefeitos”, afirmou.
Durante o encontro, o governador apresentou ações empreendidas no Estado na área da saúde, elencando projetos como o programa TEAcolhe, que trabalha com o Transtorno do Espectro Autista, e o programa Assistir, que redistribui incentivos estaduais aos hospitais de acordo com a sua capacidade de entrega, qualificando o atendimento. Leite também fez um breve panorama sobre o enfrentamento da pandemia de covid-19 e as campanhas de vacinação no Rio Grande do Sul.
Leite entregou à ministra demandas do Estado, como o pedido de evolução do limite de custeio do governo federal para ações e serviços ambulatoriais e hospitalares de média e alta complexidade, o chamado Teto Mac.
“Fizemos o pedido pela recomposição do Teto Mac para que possamos habilitar novos serviços em hospitais do Estado, como o de Guaíba, o Hospital Regional de Santa Maria e o de Caxias do Sul, que foi inaugurado na semana passada”, explicou o governador.
A recomposição do teto de recursos para serviços e medicamentos de oncologia foi outra demanda apresentada pelo Estado. A ministra disse que os pedidos apontados serão analisados pelo Ministério da Saúde na busca por avanços no atendimento às necessidades do sistema da saúde.
Nísia também destacou o andamento da questão das filas de cirurgias eletivas no Estado. “Recebemos recentemente do Estado o plano para o Programa Nacional de Filas de Cirurgias Eletivas e vamos assinar em breve uma portaria aprovando o plano e avançando neste ponto. Com certeza avançaremos também em outros temas”, projetou.
A ministra permanece no Rio Grande do Sul até sexta-feira (5/5), quando participa, pela manhã, da posse do novo diretor-presidente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), em Porto Alegre.
Foto: Maurício Tonetto/Secom
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Igor Islabão)