A Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo excluiu Mizael Bispo, condenado por matar a advogada Mércia Nakashima, do quadro de associados 13 anos após o crime. Com a decisão da OAB de São Paulo, Mizael Bispo perde definitivamente o seu direito de exercer a advocacia.
O processo se arrastava desde 2019, quando havia sido determinada sua exclusão do quadro de associados, mas ainda cabiam recursos para Mizael. Apesar das tentativas, ele não obteve êxito em evitar sua expulsão.
Mizael que também é ex-policial militar, foi condenado a 22 anos e oito meses de prisão pelo assassinato de sua ex-namorada e segue dedito no presídio da cidade de Tremembé, interior de São Paulo.
Nessa prisão também estão detidos presos de casos famosos, como Alexandre Nardoni (do caso Isabella), Cristian Cravinhos (do caso Richthofen) e Lindemberg Alves (do caso Eloá). Nela, Mizael tem direito a saídas temporárias.
Em abril de 2022, Mizael foi expulso do quadro da PM. À época, o Tribunal de Justiça Militar (TJM) de São Paulo atendeu representação do Ministério Público (MP) e julgou o pedido para que Mizael perdesse a patente de cabo e devolvesse a identidade funcional da PM. Com a decisão, o ex-PM teve de devolver medalhas que recebeu ao longo da carreira como policial e perdeu qualquer autorização que tinha para usar armas.
Apesar da decisão, Mizael continua recebendo aposentadoria como cabo da PM porque, no entendimento da Justiça, ele cometeu o crime quando já havia sido reformado em razão de um acidente que o impossibilitou de continuar trabalhando, ele perdeu o dedo de uma das mãos e foi aposentado por invalidez.
Entenda o caso
Em 2010, a advogada Mércia Nakashima desapareceu após participar de um almoço na casa de sua avó, na região metropolitana de São Paulo. Vinte dias depois, seu corpo foi encontrado dentro do seu carro em uma represa, a cerca de 90 quilômetros da capital.
Foto: Divulgação
Por: Lidiane Lopes (estagiária sob supervisão de Igor Islabão).