Em café da manhã com jornalistas na manhã desta quinta-feira (06), O presidente Lula falou por quase duas horas, e abordou temas como o novo Ensino Médio, mudanças na política de preços da Petrobras e a taxa de juros do Banco Central.
Lula declarou que está muito satisfeito com os primeiros 100 dias de governo. Ele deu ênfase à volta de programas sociais, mesmo que ainda não tenham surgido efeito, e defendeu que agora o governo irá entrar em uma outra fase: a de fazer a economia crescer.
Sobre a reforma do ensino médio, que teve o cronograma de implantação suspenso na quarta-feira (05) pelo Ministério da Educação (MEC), Lula afirmou que não irá revogar a reforma, e sim irá reajustar o novo modelo.
O presidente também comentou acerca das declarações do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, onde disse que a política de preços da Petrobras vai mudar. Lula disse que foi pego de surpresa com as declarações, e ressaltou que não deu nenhuma orientação para a mudança, e desautorizou o ministro.
Outro tópico discutido foi a taxa de juros Selic, que o governo têm pressionado o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, à reduzir. O presidente reiterou as críticas à alta taxa de juros do BC, mas prometeu não "brigar" mais com Campos Neto.
"Eu não vou ficar brigando com o presidente do Banco Central. Não vou ficar brigando, porque ele tem dois anos de mandato, quem indicou ele foi o Senado e, daqui a dois anos, vai se discutir um novo presidente do Banco Central. E os novos diretores que precisarem mudar, nós vamos mudar de acordo com os interesses do governo. É importante saber que nós vamos indicar pessoas de acordo com os interesses do governo e pessoas da mais alta responsabilidade. Só posso dizer para vocês: essa taxa de juros é incompreensível para o desenvolvimento do país. Nós vamos ter que encontrar um jeito de que o Banco Central comece a reduzir a taxa de juros.", afirmou Lula.
Foto: Evaristo Sá/AFP
Yasser Hassan (estagiário sob supervisão de Igor Islabão)