Diretores, associados e convidados do Sindicato da Indústria da Construção Civil e Mobiliário (Sinduscon) de Pelotas e Região ouviram, nesta terça-feira (10), do prefeito eleito, Fernando Marroni (PT), a afirmação que ele próprio fará a gestão da cidade, recebendo problemas e demandas, buscando as soluções para questões como déficit da habitação para população de baixa renda, saneamento básico, mobilidade urbana, Plano Diretor e proteção da cidade contra as intempéries. Na última reunião-almoço do ano da entidade, o presidente Marcos Fontoura destacou que a participação expressiva no evento demostrou o apoio do setor às ações do Sinduscon.
De Marroni, os construtores tiveram a garantia de que a Prefeitura quer ampliar o diálogo em busca dos gargalos para que possa avançar na construção conjunta de soluções para as demandas do setor e para o enfrentamento do déficit habitacional para famílias de baixa renda que necessitam de moradias em áreas de qualidade. “Não me assusta fazer agora quatro mil”, disse Marroni, lembrando que, entre 2001 e 2004, quando prefeito pela primeira vez, foi desafiado com os construtores e produziram 1,6 mil unidades habitacionais, o que colocou a cidade em destaque como a segunda que mais ofereceu moradias pelo Programa de Arrendamento Residencial (PAR), uma inovação na área naquele momento. “Potencial existe”, afirmou.
Sobre saneamento, outra preocupação na cidade, o prefeito eleito disse que é um desafio em algumas áreas, mas que precisa ser vencido para alcançar as metas mundiais traçadas inicialmente para 2030. A duplicação das vias de entrada da cidade junto à sede da Feira Nacional do Doce (Fenadoce) e a construção de uma nova estrada para o Laranjal estão nos planos de sua administração. “Não terá nenhuma ruptura”, garantiu Marroni, citando o planejamento feito pela atual gestão do Executivo pelotense.
Outro desafio que terá que enfrentar é o da revisão do Plano Diretor da cidade. “Não podemos esperar até 2028”, alertou, considerando importante estabelecer novos vetores para o crescimento da cidade, a exemplo do que ocorreu na sua gestão anterior, que permitiram o desenvolvimento de novas áreas, hoje, consolidadas, como foi o Parque Una e os novos condomínios residenciais. O prefeito eleito também ressaltou a necessidade de planejar o município para enfrentar intempéries. “Nós estamos preocupados. Não sabemos quando vai acontecer de novo”, garantiu, lembrando os alagamentos recentes que causaram diversos prejuízos.
Para sua gestão, Marroni disse que está buscando a capacidade técnica para a composição do secretariado. “Temos que ter novas ferramentas de gestão”, disse aos construtores, citando a questão da segurança jurídica na reunião-almoço, que considerou de trabalho. “Não é uma reunião política”, sublinhou. “Nosso projeto é mudar a Prefeitura”, completou, apontando sua experiência como diretor-presidente do Transurb, em Porto Alegre. Outra questão levantada foi a da pavimentação das ruas da cidade, para a qual é necessário estabelecer prioridades. “Hoje, temos bairros onde o ônibus não entra”, lembrou. “A questão é ver onde serão feitos investimentos”, disse.
Por Jornal Tradição Regional
Foto Maria da Graça Marques
