Expedição internacional parte do Porto do Rio Grande para missão científica pioneira na Antártica
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Publicado em 25/10/2024

Entre 22 de novembro de 2024 e 25 de janeiro de 2025, um pesquisador gaúcho vai liderar uma das mais ambiciosas missões à Antártica: a Expedição Internacional de Circum-Navegação Costeira Antártica, que percorrerá mais de 20.000 km da costa do continente antártico para chegar o mais perto possível das frentes das geleiras. A equipe partirá do

Porto do Rio Grande, para a missão de 60 dias.

 

A expedição será coordenada pelo pesquisador e explorador polar Jefferson Cardia

Simões, do Centro Polar e Climático (CPC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e contará com cientistas de sete países - Argentina, Brasil, Chile, China, Índia, Peru e Rússia. No total serão 61 cientistas, incluindo 27 brasileiros vinculados a instituições associadas ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera (INCT) e a projetos vigentes de pesquisa do Programa Antártico Brasileiro (Proantar/CNPq).

 

O objetivo é coletar amostragens ao longo da costa, envolvendo estudos biológicos, químicos e físicos, focando dados atmosféricos, geofísicos, glaciológicos e oceanográficos do manto de gelo antártico e seu entorno. A expedição também inclui um levantamento aéreo inédito das massas de gelo, monitorando o comportamento das geleiras diante das mudanças climáticas. A tecnologia avançada do satélite Starlink permitirá a troca de informações via texto, áudio e vídeo, com acesso ilimitado à internet durante todo o percurso antártico, facilitando a comunicação e a transmissão de dados em tempo real.

 

 

Segundo Simões, expedições antárticas que avançaram pelo continente ou fizeram circum-navegação existem há mais de dois séculos, cada vez mais perto da costa. "Em 2016/2017, com a participação de cientistas gaúchos, tivemos uma expedição mais ao norte. O pioneirismo desta nova expedição está em ser realizada o mais perto possível da costa da Antártica. Esperamos ter dados sobre a linha de flutuação dessas geleiras e, simultaneamente, apoiaremos um levantamento geofísico dessas frentes de geleiras para entender como elas respondem ao aquecimento da atmosfera e do oceano", explica ele, reforçando que a expedição espera também coletar dados sobre a biodiversidade, a resposta da fauna polar as variações climáticas, a circulação oceânica e os sinais de poluição.

 

Por Redação

Foto Reprodução

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