Mulheres ganham 20,8% a menos que homens no Rio Grande do Sul, revela 2º Relatório de Transparência Salarial
Zona Sul
Publicado em 26/09/2024

As mulheres ganham 20,8% a menos do que os homens no Rio Grande do Sul. No estado, a remuneração média dos homens é de R$ 4.556,93, enquanto a das mulheres é de R$ 3.607,55. É o que aponta o 2º Relatório de Transparência Salarial, documento elaborado pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres com o recorte de gênero, a partir dos dados extraídos de informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários, exigência da lei 4.611/2023.

 

A Lei de Igualdade Salarial determina a equiparação de salários entre mulheres e homens em situações nas quais ambos desempenham funções equivalentes (ou seja, quando realizam o mesmo trabalho, com igual produtividade e eficiência). No Rio Grande do Sul ,a diferença de remuneração entre mulheres e homens varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença é de 35,1%.

 

No total, 3.076 empresas gaúchas responderam ao questionário. Juntas, elas somam 974,9 mil pessoas empregadas. O 2º Relatório foi apresentado na última quarta-feira, 18 de setembro. Em março, o primeiro relatório indicou que, em média, as mulheres recebiam 22,4% a menos no estado. No primeiro ciclo, 3.055 empresas gaúchas enviaram informações referentes a 976,1 mil pessoas empregadas

 

No recorte por raça, o relatório aponta que o número de mulheres negras no Rio Grande do Sul (65.957) é muito inferior ao número de mulheres não negras (359.195). As mulheres negras recebem, em média, 28,3% a menos que as não negras. Entre os homens negros e não negros, a diferença de remuneração média é de 28,9%.

 

O documento registrou, que, no Rio Grande do Sul, 47,2% das empresas possuem planos de cargos e salários; 27,3% têm políticas de incentivo à contratação de mulheres; 33,9% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência e 21,4% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. Em relação ao incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 16,9% dos estabelecimentos contam com a política.

 

O relatório também apresenta informações que indicam se as empresas contam com políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.

 

Por Ascom

Foto Ilustração

Comentários
Comentário enviado com sucesso!