Um estudo do Instituto Trata Brasil mostra que a Região Sul do Brasil não tem levado o saneamento básico como uma prioridade. Entre 2018 e 2022, o índice de coleta de esgoto na região aumentou apenas 4,5 pontos percentuais, além de ser uma das 3 regiões onde mais de 50% da população ainda não tem acesso à coleta de esgoto.
De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS), ano-base 2022, mais de 15 milhões de habitantes da região não têm acesso à coleta de esgoto, e apenas 48% do esgoto gerado é tratado. Esse volume representa um despejo diário de 897 piscinas olímpicas de esgoto não tratado no meio ambiente.
A falta de cuidado com o saneamento básico pode ter graves problemas para a saúde pública como um aumento de doenças de veiculação hídrica.
Conforme estabelecido pelo Novo Marco Legal do Saneamento, todas as localidades devem atender 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de esgoto até 2033. Distante dessas metas de esgotamento sanitário, a Região Sul do país precisará redobrar seus esforços para melhorar a infraestrutura básica nos próximos nove anos, a fim de que a universalização do saneamento se torne uma realidade para seus habitantes.
Por Augusto Lettnin Ferri
Foto Instituto Trata Brasil