No Brasil, as queimadas e os incêndios florestais são importantes fontes de poluição atmosférica e contribuem para a emissão de poluentes atmosféricos, por este motivo a equipe de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) lançou recomendações de cuidados para a população em áreas com fumaça causada por incêndios.
- Hidratação: aumente a ingestão de água para manter as vias respiratórias úmidas.
- Redução da exposição: evite atividades ao ar livre em horários de alta poluição e mantenha portas e janelas fechadas.
- Uso de máscaras do tipo cirúrgica, pano, lenços ou bandanas podem reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas) e, portanto, melhoram o desconforto das vias aéreas superiores. O uso de máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população.
- Atividades físicas: evite exercícios físicos em períodos de elevada concentração de poluentes.
- Orientações a grupos vulneráveis: crianças, idosos e gestantes devem estar atentos a sintomas respiratórios e, se necessário, buscar atendimento médico imediatamente.
Grupos populacionais mais suscetíveis (crianças, idosos, gestantes, indivíduos com doenças cardiorrespiratórias, de baixo nível socioeconômico e trabalhadores ao ar livre) podem estar sob maior risco de apresentarem algum efeito na saúde relacionado à poluição do ar.
No entanto, a Cevs não identificou identificou um aumento de casos de síndrome gripal não relacionados a vírus respiratórios, no caso causados por fatores externos como a fumaça resultante de queimadas. Esses dados, porém, são parciais e sujeitos a alterações em decorrência da oportunidade de preenchimentos das notificações, bem como o hiato entre o início dos sintomas e a busca por atendimento.
Por Augusto Lettnin Ferri
Foto Carina Iven / Especial Canguçu Online