Vacina para adolescentes de 11 a 14 anos é importante para proteção contra a meningite
Saúde
Publicado em 03/09/2024

Um dos tipos mais graves de meningite e sua forma mais aguda, a meningococcemia, podem ser prevenidos com uma vacina disponível pelo SUS para adolescentes de 11 a 14 anos. Porém, no Rio Grande do Sul ocorreu uma cobertura abaixo do esperado, que seria de 80%. No ano passado, o índice ficou em 61,1%. Neste ano, com dados parciais ainda sujeitos a alterações, a cobertura está atualmente em 55,8%.

Segundo dados da Secretaria da Saúde (SES), já foram registrados neste ano 22 casos e três mortes pela doença no Rio Grande do Sul (dados parciais já notificados até 27 de agosto). Em 2023, foram 47 casos e oito óbitos.

A faixa etária de maior risco de adoecimento para a doença meningocócica é a de crianças menores de cinco anos de idade, especialmente menores de um ano. No entanto, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela circulação da doença. Eles são a faixa etária com maior número de casos assintomáticos, ou seja, são portadores da bactéria sem apresentar sintomas. Assim, podem transmitir a outras pessoas, já que o meningococo pode persistir na nasofaringe por semanas ou até que a pessoa faça tratamento com o antibiótico indicado por um profissional de saúde.

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por microrganismos, como vírus, bactérias, fungos e parasitas. De um modo geral, a meningite bacteriana é a mais grave entre elas.

Nos casos em que é causada pela bactéria Neisseria meningitidis (meningococo), leva o nome de doença meningocócica. Ela pode levar a uma inflamação da meninge (meningite meningocócica) e/ou a uma meningococcemia, quando atinge a corrente sanguínea, gerando uma infecção generalizada.

O meningococo é transmitido por meio de secreções respiratórias e da saliva, durante contato próximo ou demorado com o portador, especialmente entre pessoas que vivem na mesma casa. Essa bactéria não é tão contagiosa como o vírus da gripe, por exemplo, e não há transmissão por contato casual ou breve, ou simplesmente por respirar o ar onde uma pessoa com a doença tenha estado. Os ambientes com aglomeração de pessoas oferecem maior risco de transmissão e contribuem para desencadear surtos.

A evolução da doença meningocócica é rápida, com o surgimento abrupto de sintomas como febre alta e repentina, intensa dor de cabeça, rigidez do pescoço, vômitos e, em alguns casos, sensibilidade à luz (fotofobia) e confusão mental. A disseminação do meningococo pelos vasos sanguíneos pode produzir manchas vermelhas na pele (petéquias, equimoses) e até necroses que podem levar à amputação do membro acometido.

O risco de morte pela doença é alto: 10% a 20%, podendo chegar a 70%, se a infecção for generalizada (meningococcemia). Entre os sobreviventes, cerca de 10% a 20% ficam com sequelas como surdez, cegueira, problemas neurológicos e membros amputados. O tratamento é feito com antibióticos e outras medidas de preservação do equilíbrio do organismo, em Unidade de Terapia Intensiva isolada.

A melhor forma de se prevenir contra a meningite é mantendo a caderneta de vacina em dia. Além da vacina Meningocócica ACWY, há outras que também protegem contra diversos tipos de meningites.

Sendo uma doença grave e contagiosa, a meningite é capaz de provocar sequelas e até mesmo a morte. A vacinação é a forma mais eficaz de evitar infecção. Sete vacinas são recomendadas e estão disponíveis por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Por Governo do Estado do Rio Grande do Sul

Foto TV Anhanguera

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