A Polícia Federal concluiu após 70 dias de investigação a Operação Elísios, que apurava o assalto contra um carro-forte, ocorrido no dia 19 de junho, no aeroporto Hugo Cantergiani em Caxias do Sul. No total, 17 pessoas foram indiciadas por participarem no mega assalto, considerado o maior roubo da história do Rio Grande do Sul, com penas que podem chegar a 97 anos de prisão.
As investigações contaram com apoio da Brigada Militar e da Polícia Rodoviária Federal. Além dos 17 envolvidos, outros 2 indíviduos foram mortos em confronto com policiais no Rio Grande do Sul e São Paulo. Além disso, foi realizada a prisão preventiva de 12 suspeitos e foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão de 26 veículos.
Segundo a investigação policial, os envolvidos no crime faziam parte de uma facção criminosa de São Paulo e contaram com apoio de criminosos locais.
Os crimes identificados foram: latrocínio, falsificação de símbolo, explosão, falsificação de identidade, adulteração veicular, usurpação de função pública, posse de arma, lavagem de dinheiro, organização criminosa com arma de fogo e embaraço à investigação de investigação criminosa. Se somadas, as penas máximas desses crimes podem chegar a 97 anos de prisão.
O caso
O ataque no aeroporto Hugo Cantergiani ocorreu às 19:30h, no dia 19 de junho. O assalto pretendia roubar cerca de R$ 30 milhões de um banco privado. O carro-forte era abastecido por malotes de dinheiro trazidos de Curitiba em uma aeronave de pequeno porte. Um grupo, de oito a 10 pessoas, atacou funcionários da empresa de transporte de valores, fortemente armados, com fardamentos falsos e veículos adesivados para lembrar os da Policia Federal.
O primeiro confronto se deu entre os seguranças do carro-forte e a quadrilha. Na sequência, guarnições da BM se deslocaram ao local. Durante o confronto, um dos assaltantes foi morto, e com ele se recuperou R$ 15 milhões do valor roubado. Desde então mais investigações vem ocorrendo para identificar os envolvidos e o que aconteceu, o que resultou nas atuais 12 prisões preventivas.
Por Augusto Lettnin Ferri
Foto Neimar de Cesero/Grupo RBS