Projeto da FURG planeja novas áreas de cultivo para Plantas Alimentícias Não Convencionais
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Publicado em 02/09/2024

Entre setembro e outubro haverá um aumento na produção de espécies de Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc) em áreas do interior de São Lourenço do Sul. A ação faz parte do projeto de extensão PancPop realizado pela Universidade Federal de Rio Grande (FURG) com o objetivo de ampliar o uso destas plantas na região sul. 

O plantio é feito em colaboração com os agricultores locais e focará nas Pancs que obtiveram maior sucesso de cultivo e produção nos últimos meses. Jaqueline Durigon, a coordenadora do projeto, conta que o novo objetivo é reproduzir essas espécies e desenvolver novos sistemas de produção nas propriedades dos agricultores que participaram da construção do evento.

“Observamos como essas plantas se comportaram com chuvas e secas intensas, além da incidência de insetos e outros animais. Tivemos uma boa experiência e agora já sabemos quais espécies queremos cultivar e quais cuidados devemos ter durante o cultivo. Conversamos também como conduzir o processo após o cultivo, o escoamento da produção, a comercialização e a necessidade de promover processos formativos para qualificar a comercialização e buscar novos mercados para os agricultores. Foi um dia de bastante planejamento para a consolidação dessas novas áreas”, contou Durigon.

Mais de 80 espécies  de Panc foram testadas, levando em conta a adaptação das espécies à região, seu desempenho em condições climáticas variadas  seu sabor e potencial de comercialização. Segundo a coordenadora, o principal interesse dos agricultores está nas hortaliças tuberosas, que incluem raízes, tubérculos e rizomas comestíveis.

Destaques

  • O tupinambor, também conhecido como girassol batateiro, se destacou pela alta produtividade e resistência à deficiência hídrica. 
  • O inhamito, uma variedade de inhame com rizomas menores e sabor diferenciado, também foi selecionado pela alta produtividade. 
  • Outro destaque é o mangarito, uma batata nativa do Brasil que chamou a atenção dos agricultores por seu sabor e resistência a insetos e doenças.
  • Finalmente, o espinafre de Okinawa, uma hortaliça folhosa resistente ao frio e às geadas, também se adaptou muito bem à região e teve alto interesse dos agricultores.

Os principais desafios para o projeto tem sido as imprevísiveis e intensas condições climáticas que o estado tem enfrentado, e o processo de aprendizado e adaptação ao cultivo dessas novas espécies pelos agricultores. 

Por Augusto Lettnin Ferri

Foto Unimed Rio

 

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