Durante o mês de junho, alunas da FURG São Lourenço do Sul realizaram ações como o projeto de pesquisa e extensão “Fortalecimento da Agricultura Familiar no Território da Zona Sul do Rio Grande do Sul” que promoveu a reflexão sobre os cultivos sustentáveis e a conservação das espécies através do uso de sementes crioulas, fortalecendo a agricultura familiar da região e contribuindo para a formação de agroecólogos.
Além disso, também houve o projeto de pesquisa e extensão “Abelhas sem ferrão; protegendo a biodiversidade e a produção de alimentos”, criado em 2023 com o intuito de disseminar conhecimentos sobre as abelhas sem ferrão e a meliponicultura como forma de conservação ambiental e o incremento de renda que gera na agricultura familiar.
As alunas Daiana da Silva Oliveira e Thais de Souza Janson Prudente Correa foram algumas das envolvidas que realizaram atividades de estágio referentes ao projeto “Fortalecimento da Agricultura Familiar no Território da Zona Sul do Rio Grande do Sul”. Na Praça Dedê Serpa, as alunas coordenaram a exposição de um banco de sementes crioulas, que incluiu sete espécies de cultivares, quatro variedades de feijão, sete de milho, duas de amendoim, três de fava, uma de ervilha, uma de trigo e uma de girassol.
“O banco vem sendo construído em conjunto com os feirantes e agricultores de base familiar do município em parceria com a Cooperativa União. Durante as exposições, falamos com a comunidade sobre a importância das sementes crioulas para a manutenção de espécies, soberania alimentar e autonomia dos agricultores e guardiões das sementes crioulas, e também sobre técnicas, tradições de conservação e multiplicação dessas sementes”, explicou Daiana.
O projeto das ‘Abelhas sem ferrão’ representado pelas alunas Júlia Graziela Puntel (bolsista do projeto) e Luana Griep Bohmer também fez parte das atividades, visando a educar a comunidade, como diversos alunos das escolas do município sobre o papel essencial das abelhas na sustentação da vida.
“Essas abelhas são as melhores polinizadoras, tanto de espécies de plantas nativas quanto de culturas agrícolas como morango, pimentão, acerola, pêssego, maçã, açaí, limão, berinjela e amora”, explicou Júlia.
Dentro do projeto foram desenvolvidos materiais didáticos informativos para a comunidade lourenciana, oferecendo também suporte técnico para interessados, incluindo identificação de espécies, montagem de iscas de captura, construção de caixas e cuidados gerais com as abelhas sem ferrão.
As alunas também construíram um espaço para criação de abelhas sem ferrão no prédio 1 da FURG-SLS, onde há criação de mandaçaia e mirim guaçu. Devido ao frio, as colmeias foram levadas para a casa das integrantes para cuidados especiais.
Para Luana, “é gratificante chegar na feira e ver a interação dos agricultores e da comunidade lourenciana querendo entender mais sobre as abelhas sem ferrão”. A aluna ainda disse que essa troca de conhecimento é enriquecedora, pois além de ensinar, as alunas também aprendem com quem também tem experiência no assunto.
Fonte Universidade Federal do Rio Grande
Por Augusto Lettnin Ferri
Foto Divulgação