Na manhã de quinta-feira (13), a prefeita Paula Mascarenhas junto a a diretora-presidente do Sanep, Claudelaine Coelho, apresentaram um projeto para proteção e drenagem do Laranjal. A reunião aconteceu no restaurante Nani, perto do trapiche. A ação é uma das medidas tomadas pelo município para combater as enchentes e enfrentar a crise climática. 

O projeto promete englobar proteção, drenagem e escoamento num sistema integrado entre os balneários do Laranjal. O canal da Nova Prata, palco de polêmica na enchente que atingiu o município em maio, terá uma mudança de percurso. As águas irão passar por trás das casas construídas no leito. O dique, na rua que leva o mesmo nome, também será aumentado. 

Galerias subterrâneas serão construídas para ligar ruas do Balneário Santo Antônio ao canal da avenida Espírito Santo, que também passará por obras. Atualmente, o canal tem dois metros de profundidade e, após as obras, passará a ter quatro metros. 

A casa de bombas receberá um aumento na capacidade e manutenção dos equipamentos. Hoje, os equipamentos podem drenar 2m³/s de água. A promessa é que, depois da reforma, a capacidade vai chegar a 10m³/s. O local atuou na enchente do último mês. Com a cota atual, drenou as águas  das ruas e das casas em cinco dias.

Paula Mascarenhas falou sobre os recursos que serão utilizados para a realização de todas as obras: “Temos o projeto protocolado, desde o ano passado, no PAC do Governo Federal e agora estamos aumentando em R$10 milhões, ele custava R$16 milhões, vai para para R$26 milhões.” afirma a prefeita.

Projetos de longo prazo

Diferente dos canais, as obras de prevenção da Lagoa dos Patos são mais complexas, já que a orla tem mais de 3km de extensão. Os técnicos do Sanep estão discutindo a melhor alternativa para conter uma futura nova enchente. Nenhuma decisão foi tomada quanto a região costeira, mas os debates já começaram. As opções apresentadas pela autarquia são:

Barreiras fixas no canteiro central da av. Dr. Antônio Augusto Assunção. Um muro seria construído no local similar ao da av Mauá, de Porto Alegre, com barreiras móveis nos vão onde, carros e pedestres, poderiam cruzar a avenida. 

Barreiras móveis, de material a ser estudado, no canteiro central da av. Dr. Antônio Augusto Assunção. Essa opção precisaria de planos de manutenção periódica e planos de alerta durante todos os governos futuros do município, mas não comprometeria o visual da praia.

Bacias de amortecimento. Locais estratégicos que “lagos” seriam construídos. Regiões mais baixas que serviriam de escoamento das grandes precipitações.

Projetos a curto prazo

O trabalho de recolhimento de resíduos será ampliado e só encerrará assim que todos os atingidos forem atendidos. Patrolas em torno do Laranjal e Colônia Z3 farão a manutenção das ruas. A areia trazida pela enchente e que está formando um morro na orla, não é a prioridade para este momento. O trabalho de espalhar esse material será planejado assim que todos os problemas principais forem resolvidos. 

O orçamento para reconstrução do trapiche já foi feito. Para reformar o ponto turístico com madeira, será necessário R$1,3 milhão. O projeto ainda precisa de aprovação, mas a prefeita já tem a sua preferência: “Se decidirmos decidir fazer o trapiche de madeira, e eu simpatizo com essa ideia, nós já temos o projeto pronto e vamos precisar buscar os recursos. Para a compra de material já temos, por causa desses apoios do estado e da união e eu gostaria muito de entregar,em dezembro, o meu governo com o trapiche do Laranjal pronto para o verão. É um desafio grande, mas vamos buscar alternativas para isso.” comentou.

Por Gabriel Fritsch

Foto Dayara Franco