O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), viajou a Brasília e pediu uma reunião com o presidente Lula (PT) para cobrar até R$10 bilhões em ajuda ao estado. O encontro não estava previsto na agenda oficial. Leite disse que tem duas principais pautas: programas para manutenção de emprego e renda e outro para recomposição de receitas.
Durante o evento de hoje (05/06) com a ministra do Meio Ambiente Marina Silva foi informado que o Presidente Lula deve receber Leite, mesmo que o encontro não estivesse programado na agenda oficial.
Leite disse que tem duas principais pautas: programas para manutenção de emprego e renda e outro para recomposição de receitas. "O governo e as prefeituras vão sofrer, como já sofreram em maio, junho, com uma queda muito forte da arrecadação, o que vai prejudicar a prestação de serviços à população", afirmou Leite.
O governo gaúcho estima uma queda de arrecadação de R$ 6 bilhões a R$ 10 bilhões. "Se nós não tivermos essa composição de receita, o estado ou vai se ver em condições de voltar a ter atraso de salário no futuro ou ele vai ter que comprimir muito os investimentos e a capacidade de prestação de serviços, o que vai punir a população de outra forma que a gente não deseja", afirmou, antes de ir ao evento.
Em maio, o governo aprovou a suspensão da dívida do estado por três anos. Segundo o governador, este dinheiro será "canalizado para a reconstrução" do estado. "Eu tenho um fundo constituído para a reconstrução com recurso constituído para reconstrução da dívida, mas de outro lado da minha arrecadação vou ter uma queda forte que vai me atrapalhar a prestação de serviços e outros serviços que são também importantes", argumentou.
Eduardo Leite reivindica esse apoio para manter empregos e conseguir pagar salários "Para evitar demissões em massa nas localidades que foram mais atingidas —e foram muitas localidades. Não adianta oferecer o crédito de um lado sabendo que vai levar muito tempo para restabelecer um parque fabril", disse o governador.
Por Augusto Lettnin Ferri
Foto Ricardo Stuckert/PR