No Dia dos Povos Indígenas, 19 de abril, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) lança o Plano de Ação Estadual da Saúde Indígena. A partir de dados epidemiológicos e demográficos, o material apresenta as principais ações em andamento e as metas para a qualificação do acesso e da atenção integral à saúde dessa população pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul. A publicação tem por objetivo disseminar informações sobre a situação de saúde dos 36.096 indígenas autodeclarados do Estado. Eles representam 0,33% da população do Rio Grande do Sul. De acordo com o censo, de 2022, houve um aumento de 12% de população indígena autodeclarada com relação ao censo de 2010.
Conforme dados da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde, o RS conta com 25.705 indígenas vivendo em aldeias, pertencendo a quatro etnia: Kaingang (88%), Guarani (12%), Charrua (0,2%) e Xokleng (0,05%). Os indígenas aldeados vivem em 150 aldeias distribuídas em 72 municípios. A maior concentração populacional se dá na Região Norte do Estado. A maioria está na faixa etária entre 20 e 39 anos. “O fornecimento de informações é importante para o desenvolvimento das ações no SUS, e para qualificar o planejamento dos municípios gaúchos”, afirma o sanitarista Guilherme de Souza Müller, da área técnica de saúde indígena do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde (DAPPS), da SES.
Guilherme informa que “o conteúdo do Plano de Ação Estadual da Saúde Indígena faz um reconhecimento do que já vem sendo realizado e pensado pela secretaria tanto na atenção primária quanto na atenção especializada para os povos indígenas”. Segundo ele, a partir dessa publicação “a área técnica espera uma maior fluidez nos processos de trabalho entre as esferas municipais e as equipes federais de atuação na saúde indígena, a fim de combater as iniquidades expressas nos dados inclusos no Plano”.
Metas específicas do Plano de Saúde Indígena no período 2024-2027
- Implantação de seis serviços especializados em saúde indígena (Ambulatórios de Saúde Indígena);
- Ampliação do atendimento de gestantes e crianças menores de seis anos, priorizando famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade dos municípios com o programa Primeira Infância Melhor (PIM), passando de 25.041 para 44.400;
- Aumento do percentual de cobertura de acompanhamento de saúde do Programa Bolsa Família, de 77,4% para 80%;
- Ampliação do número de Centros de Atendimento Integrado para crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência, passando de quatro para oito;
- Ampliar a cobertura da Rede Psicossocial (RAPS) de 347 para 413 municípios.
Reprodução: SES/RS
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