O Brasil dominou o pódio dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago e fechou a competição na liderança do quadro de medalhas. Foram 343 pódios no Chile - 156 ouros -, superando o recorde da própria delegação brasileira, com 308 conquistas em Lima 2019. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) festejou a campanha no Parapan e se animou para as Paralimpíadas de Paris, em 2024.
Nas Paralimpíadas de Tóquio, o Brasil teve sua melhor campanha em uma edição dos Jogos. Foram 72 medalhas, sendo 22 de ouro, figurando na sétima posição do quadro de medalhas. A expectativa do CPB é conquistar entre 75 e 90 medalhas em Paris 2024. Os resultados de Santiago indicam que a meta é factível.
O Brasil foi ao pódio em todas as 17 modalidades dos Jogos Parapan-Americanos de Santigo e só não conquistou ao menos um ouro em três esportes: basquete em cadeira de rodas, rugby em cadeira de rodas e tênis em cadeira de rodas. O motor da delegação verde-amarela foi a natação, que bateu o recorde de títulos com 67 medalhas douradas. Também faturaram medalhas de ouro o atletismo (34), o badminton (9), a bocha (5), o ciclismo (5), o futebol de cegos (1), o futebol PC (1), o goalball (1), o halterofilismo (7), o judô (6), o taekwondo (4), o tênis de mesa (13), o tiro com arco (1) e o tiro esportivo (2).
Dos 324 atletas brasileiros em Santiago, 132 estrearam em Jogos Parapan-Americanos, o que equivale a 40,7% da delegação. O CPB ressalta a renovação da delegação e aponta que mais de 100 das 338 medalhas do Brasil foram conquistadas por estreantes.
Douglas Matera foi o maior medalhista do Brasil em Santiago. O nadador da classe S12 (para pessoas com deficiência visual) faturou oito medalhas de ouro. A natação ainda teve como destaques Samuel Oliveira (sete ouros), Carol Santiago (seis ouros), Gabriel Araújo (cinco ouros) e Gabriel Bandeira (cinco ouros).
O Brasil quebrou 105 recordes dos Jogos Parapan-Americanos, além de 14 recordes das Américas e dois recordes mundiais. Campeã paralímpica e mundial do lançamento de disco F53 (para pessoas que competem em cadeira), Beth Gomes lançou a 17,80m para estabelecer a melhor marca da história da prova - o recorde anterior era da própria Beth, com 17,12m.
Atual campeão mundial dos 400m T20 (para pessoas com deficiência intelectual), Samuel Oliveira Conceição completou a prova em 46s48 para quebrar o recorde mundial, que pertencia ao também brasileiro Daniel Martins.
Nos esportes coletivos, o Brasil foi campeão no goalball masculino, no futebol de cegos e no futebol de cegos.
Foto: Marcello Zambrana/CPB
Renan Ferreira (estagiário sob supervisão de Paola Fernandes)