Fraude de R$ 451 milhões em sistemas previdenciários de funcionários públicos é alvo de investigação pela Polícia Federal e CVM
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Publicado em 14/11/2023

A Polícia Federal (PF) em parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) iniciou a operação Minuano nesta terça-feira (14), com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que causou prejuízos significativos aos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) de servidores públicos em várias regiões do Brasil.

Durante a operação, foram tomadas medidas cautelares contra os suspeitos, incluindo a suspensão de atividades financeiras e o bloqueio de contas e ativos que totalizam aproximadamente R$ 451 milhões, quantia estimada do prejuízo causado aos RPPS.

 

Os indivíduos investigados poderão ser responsabilizados por uma série de crimes, tais como gestão fraudulenta e temerária, apropriação indevida de recursos financeiros, estelionato, falsificação de informações contábeis-financeiras, negociação de títulos mobiliários sem garantias, manipulação de preços de ativos, lavagem de dinheiro e associação criminosa. As penas para esses delitos, se somadas, ultrapassam 40 anos de reclusão.

A operação envolveu mais de 100 policiais federais e resultou no cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão em diferentes cidades, incluindo Porto Alegre/RS, Canoas/RS, Novo Hamburgo/RS, Portão/RS, Canela/RS, Cambé/PR, Londrina/PR, São Paulo/SP e Rio de Janeiro/RJ.

 

A investigação teve início após informações obtidas durante a Operação Gatekeepers, realizada em 2018. As averiguações indicam que o grupo criminoso teria captado e desviado cerca de R$ 239 milhões de 69 Regimes Próprios de Previdência Pública em diversos estados, como RS, PA, SP, MG, CE, PR, AP, RJ, SC, MS, MA. Além disso, a PF identificou pagamentos indevidos a dirigentes dos RPPS por meio de consultorias associadas ao grupo.

 

 

Foto: Polícia Federal

Renan Ferreira (estagiário sob supervisão de Paola Fernandes)

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