Nos últimos 15 dias, os serviços hospitalares de pediatria enfrentaram altas taxas de ocupação no Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP) e no Hospital Escola da UFPel. No HUSFP, as taxas médias foram de 88,2% na pediatria, 87,5% na UTI neonatal e 77,5% na UTI pediátrica. Destes, sete pacientes na clínica e dois na UTI foram acometidos com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). No Hospital Escola da UFPel, a média de ocupação é de 77% na pediatria e alarmantes 94% na UTI neonatal.
A situação é tão crítica que, no início do mês, o Rio Grande do Sul precisou declarar estado de emergência em saúde pública em todo o território gaúcho para enfrentar a Síndrome Respiratória Aguda Grave em crianças. A cidade de Pelotas também foi segurada, com 60% dos 15 pacientes em espera para internação no Pronto-Socorro apresentando quadro de bronquiolite, levando a uma ocupação total de mais de 100% da ala pediátrica.
Desde a implementação do Decreto 57.090/2023 do RS, as redes hospitalares que prestam serviços ao SUS têm priorizado a disponibilização de leitos clínicos de suporte ventilatório e de UTI pediátrica para os casos de SRAG em crianças. A rede pública de Pelotas conta com 46 leitos pediátricos de enfermaria, oito de UTI pediátrica e 17 de UTI neonatal.
Foto: ASCOM.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).