Jean Wyllys não deve assumir cargo no governo federal após polêmica nas redes sociais
Últimas Notícias
Publicado em 25/07/2023

O ex-deputado Jean Wyllys não terá, pelo menos por enquanto, um cargo no governo federal por indicação de Lula e Janja, sua principal apoiadora na gestão petista até recentemente. A Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) havia anunciado oficialmente, no dia 13, que Wyllys auxiliaria no planejamento das ações da pasta, porém, essa possibilidade não deve mais se concretizar. Também não há previsão de que ele seja alocado na EBC (Empresa Brasil de Comunicação), outro destino cogitado para ele.

O motivo desse recuo do governo, segundo entrevistas recentes de Paulo Pimenta, é a repercussão do ataque que Wyllys fez a Eduardo Leite nas redes sociais. O petista criticou o governador do Rio Grande do Sul por uma suposta "homofobia internalizada", o que desagradou o entorno de Lula e provocou a tentativa do Ministério Público gaúcho de remover da internet as falas relacionadas à manutenção de escolas cívico-militares no estado.

Além das ações pedidas pela promotoria, que incluem a quebra de sigilo de dados de Wyllys, o episódio também resultou no fim dos afagos públicos de Janja. Observadores já notaram que, diante desse contexto, o desejo dela de ver o aliado empregado no governo diminuiu. Vale ressaltar que a Secom, onde Wyllys supostamente ocuparia um cargo, possui áreas sob influência de Janja, como aquela responsável por comandar contas institucionais do governo nas redes sociais.

Tanto na pasta, conforme relatado pela coluna de Malu Gaspar, quanto na EBC, surgiram desconfortos nos últimos dias com a possibilidade da nomeação de Wyllys. A ideia é rejeitada porque há percepção de que, uma vez empossado, ele pode prejudicar a imagem do governo e desequilibrar relações que Lula e seus auxiliares têm trabalhado para construir e manter. Além de Leite, Arthur Lira também foi alvo das publicações de Wyllys.

 

Foto: O Globo.

Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).

Comentários