A Universidade Federal de Pelotas (UFpel) está analisando a possibilidade de oferecer uma modalidade exclusiva do curso de medicina voltada para assentados da reforma agrária. Seriam pessoas beneficiadas cadastradas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou que seriam beneficiárias de projetos de assentamentos.
O projeto, que ainda está em estágio inicial, não possui uma data prevista para implementação, conforme armazenado pela própria universidade. Caso seja concretizado, esse curso seria o primeiro no Brasil destinado especificamente à formação de médicos para assentados. No mês de junho, representantes da UFPel se reuniram com lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) para discutir o assunto.
Após o anúncio da universidade sobre o curso de medicina exclusivo para assentados da reforma agrária, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) emitiu uma nota de repúdio, citando o artigo 196 da Constituição da República Federativa do Brasil, que estabelece que "a saúde é um direito de todos e dever do Estado, sem distinguir de qualquer natureza".
Foto: G1 RS.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).