Nesta segunda-feira (10), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, assinou um acordo com produtores de café do Espírito Santo visando combater o trabalho análogo à escravidão na indústria cafeeira.
O acordo conta com a participação de representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Justiça do Trabalho, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Conselho Nacional do Café e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
Durante o evento realizado em Vitória, o ministro ressaltou que a terceirização da mão de obra tem contribuído para a precarização das relações trabalhistas. Ele afirmou que a fiscalização do Ministério do Trabalho será rigorosa ao punir aqueles que forem flagrados utilizando mão de obra em condições análogas à escravidão.
Marinho enfatizou que o problema do trabalho escravo não afeta apenas o setor do café, mas também outras atividades econômicas do país. Ele expressou o desejo de que a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil também se envolva no pacto firmado e que o entendimento seja estendido para todas as áreas de produção no país.
No decorrer deste ano, as equipes do Ministério do Trabalho já resgataram 1.641 trabalhadores em condições degradantes de trabalho. Entre eles, 55 eram trabalhadores de lavouras de café no estado do Espírito Santo. Esses números reforçam a necessidade de ações conjuntas para combater essa prática e garantir o respeito aos direitos trabalhistas.
Foto: Coffe Valore.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).