Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC) revelou que o número de internações por infarto no Brasil aumentou significativamente entre 2008 e 2022. A média mensal de internações por infarto entre os homens subiu de 5.282 para 13.645, um aumento de 158%, enquanto entre as mulheres a média foi de 1.930 para 4.973, um aumento de 157%.

Os dados do estudo são baseados no Sistema de Internação Hospitalar do Datasus, do Ministério da Saúde, e abrangem todos os pacientes brasileiros que utilizam os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), tanto em hospitais públicos quanto em hospitais privados com convênios, o que representa de 70% a 75% de todos os pacientes do país.

Diversos fatores contribuem para o aumento dos riscos de infarto, segundo a diretora-geral do INC, Aurora Issa. Além do envelhecimento da população, a prevalência da obesidade tem aumentado no Brasil. O estudo também revela que o risco de infarto é maior durante o inverno, devido à constrição dos vasos sanguíneos causada pelo frio.

A inflamação nas placas de gordura nas artérias e a formação de trombos são fatores que levam ao infarto, e infecções podem desencadear inflamações. A prática de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada são formas essenciais de prevenção contra doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte no Brasil para homens e mulheres.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil