CPMI do 8 de janeiro convoca Mauro Cid para depor na próxima terça-feira sobre suposta tentativa de golpe
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Publicado em 07/07/2023

A comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga os ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro convocou o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid para prestar depoimento nesta terça-feira (11). Cid, que já foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, é suspeito de articular uma intervenção militar contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após as eleições do ano passado. Atualmente, ele está preso por acusações de fraude em cartões de vacinação.

Inicialmente, o depoimento de Mauro Cid estava agendado para a última terça-feira (4), mas foi adiado devido às votações na Câmara dos Deputados. Uma perícia da Polícia Federal (PF) encontrou trocas de mensagens no celular de Cid com outros militares, discutindo ações que indicavam um golpe de Estado. As mensagens foram divulgadas pela imprensa e posteriormente tornadas públicas pela Justiça. Um dos interlocutores, o coronel Jean Lawand Junior, já prestou depoimento à CPMI, negando as acusações, mas sua versão foi contestada pelos parlamentares, podendo ser indiciado por falso testemunho.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que Mauro Cid é obrigado a depor perante a CPMI. Ele terá o direito de ser acompanhado por advogados e poderá permanecer em silêncio para não responder perguntas que possam incriminá-lo. Por estar sob custódia da Justiça, ele receberá escolta policial.

O depoimento foi solicitado por vários membros da CPMI, incluindo a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora do caso. Também requereram a convocação de Mauro Cid os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (PT-ES), Rogério Carvalho (PT-SE), Ana Paula Lobato (PSB-MA) e o senador licenciado Marcos do Val (ES), além de diversos deputados. Segundo os parlamentares, há indícios de que Cid esteve envolvido em uma trama para realizar um golpe de Estado, com conversas que abordavam a necessidade da participação do comandante do Exército ou de Jair Bolsonaro, além da prisão do ministro Alexandre de Moraes.

 

Foto: Pedro França/Agência Senado

 

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