O aplicativo Tinder aceitou a proposta do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP) e anunciou a implementação de um canal de comunicação para atender autoridades policiais, promotores de Justiça e juízes de Direito. O acordo foi estabelecido pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) nesta quinta-feira (06), após o GAESP abrir um inquérito civil para examinar a responsabilidade do aplicativo em auxiliar nas investigações das autoridades policiais em relação a crimes ocorridos no ambiente do aplicativo.
Esse crime ficou conhecido como "Golpe do Tinder", em que um homem conhece uma mulher em um aplicativo de relacionamento, trocam mensagens e, mais tarde, marcam um encontro. No entanto, ao chegar no local combinado, o homem é sequestrado. A vítima acaba sofrendo tortura psicológica e, até mesmo, física, enquanto os criminosos esvaziam sua conta bancária.
Conforme o MPSP, "a plataforma concordou em firmar um acordo para criar e testar novas formas de interação, com o objetivo de agilizar as solicitações de determinados dados apresentadas pelas autoridades". O canal estará disponível 24 horas por dia. Através dessa ferramenta, será possível solicitar informações relacionadas à investigação penal, como requisição de dados e cumprimento de ordens judiciais.
A intenção é obter respostas mais rápidas nas solicitações de dados sobre a localização de vítimas de crimes em andamento e dos criminosos responsáveis pelo delito, "respeitando os parâmetros estabelecidos pelo Marco Civil da Internet e pela legislação pertinente", informou o MP. O Tinder também se comprometeu a trabalhar em conjunto com o GAESP para fortalecer a segurança dos usuários do aplicativo no Brasil, divulgando alertas sobre questões de segurança.
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