BRDE registra volume recorde de operações no primeiro semestre de 2023
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Publicado em 04/07/2023

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) encerrou o primeiro semestre de 2023 com um valor impressionante de R$ 2,1 bilhões (R$ 2,133 bilhões) em operações para novos investimentos. Esse volume representa um crescimento nominal de 34,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, que totalizou R$ 1,586 bilhão. Essa marca é a mais alta já registrada pelo banco para o primeiro semestre. Dos financiamentos concedidos, R$ 993 milhões foram direcionados para a cadeia do agronegócio, principalmente em projetos de armazenagem e agroindústrias na região Sul.

No período de janeiro a junho, o setor da indústria de transformação obteve R$ 645 milhões em novos contratos, representando um aumento de cerca de 15% em relação ao mesmo período de 2022. Além disso, as micro e pequenas empresas de diversos setores receberam R$ 389,05 milhões em financiamentos, consolidando uma tendência dos últimos anos de ampliar as linhas de crédito para empreendimentos de menor porte.

Para apoiar projetos de inovação em empresas e cooperativas da região Sul, o BRDE liberou R$ 312 milhões ao longo do primeiro semestre. Esse número confirma a posição do banco como líder nacional em repasse de recursos para projetos de inovação por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Outro destaque do primeiro semestre de 2023 foi o volume de financiamentos provenientes da política de diversificação de fontes de financiamento do banco. No total, o BRDE contratou R$ 381,6 milhões por meio de recursos captados junto a instituições internacionais. Em comparação com 2022, esse valor representa um aumento significativo, já que no primeiro semestre do ano passado foram contratados apenas R$ 72 milhões nessa modalidade. A parceria com bancos estrangeiros tem permitido ao BRDE financiar empreendimentos alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), sendo que 80% dos projetos financiados pelo banco possuem vinculação com as metas estabelecidas pela ONU.

No Rio Grande do Sul, as operações para novos investimentos ultrapassaram R$ 692,5 milhões no primeiro semestre, com destaque para a cadeia do agronegócio, que recebeu R$ 284,2 milhões em contratos, especialmente para projetos de agricultura sustentável, armazenagem e agroindústrias cooperativas. O setor de geração de energia a partir de fontes renováveis e ganhos em eficiência energética registrou o maior crescimento, com operações no valor de R$ 197,1 milhões, representando um aumento de cerca de 300% em relação ao mesmo período de 2022. A indústria de transformação fechou o semestre com contratos próximos a R$ 120 milhões.

O vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior, enfatizou que o desempenho positivo no primeiro semestre demonstra o compromisso do banco com os investimentos em setores estratégicos da região Sul e ressalta a resiliência da economia gaúcha, que conseguiu superar as perdas causadas pela estiagem no início de 2023. Vieira Júnior ressalta que, apesar dos efeitos contínuos da seca, há sinais de recuperação em diferentes setores. O desempenho do banco reflete a confiança no potencial econômico do estado e é resultado de uma diretriz clara do governo estadual de apoiar projetos que promovam maior competitividade aos produtos locais.

Além disso, o BRDE registrou um crescimento significativo nas operações com o setor público, especialmente as prefeituras gaúchas. No primeiro semestre, foram realizadas operações no valor de R$ 76,2 milhões, representando um aumento de 163% em relação ao mesmo período de 2022 (R$ 29 milhões). Os principais financiamentos foram direcionados para projetos de modernização do sistema de iluminação pública e obras de urbanização. O diretor de Planejamento, Otomar Vivian, destaca a importância dessa parceria com as prefeituras, que traz benefícios imediatos para a população. Ele ressalta que o BRDE oferece as linhas de crédito mais atrativas do mercado e conta com uma equipe técnica dedicada a auxiliar os gestores municipais na escolha da melhor alternativa. O banco já está trabalhando na modelagem de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para a concessão dos serviços de iluminação pública em importantes cidades gaúchas.

 

Foto: Arquivo

 

Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).

 

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