Nesta segunda-feira (3/7), o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) divulgaram os dados impressionantes da produção de azeites na safra 2022/2023 no Rio Grande do Sul. Os números revelam um crescimento significativo tanto na quantidade de azeite produzido quanto no número de fábricas.
A produção total de azeite atingiu a marca de 580,228 mil litros, representando um aumento de 29% em relação ao período anterior. Esse aumento expressivo é reflexo do trabalho dos 340 produtores gaúchos, que plantaram uma área de 6,2 mil hectares de oliveiras em 110 municípios. Os maiores produtores nessa safra foram Pinheiro Machado, Canguçu, Encruzilhada do Sul, Cachoeira do Sul, Dom Feliciano, Bagé, Santana do Livramento, São Gabriel e Viamão.
Além disso, o estado registrou um crescimento de 100% no número de fábricas, que atualmente totaliza 22. Essa expansão mostra que a produção de azeite está atingindo um estágio de escala industrial. Giovani Feltes, titular da Seapi, ressaltou a importância da abertura de mercados para garantir a comercialização dos futuros aumentos de produção. Ele afirmou que, considerando a área plantada de 6,2 mil hectares, é possível projetar a produção de aproximadamente 900 mil litros de azeite nos próximos anos.
Paulo Lipp, coordenador da Câmara Setorial da Olivicultura da Seapi, elogiou o desempenho da safra, atribuindo o aumento de 29% na produção ao início da produção em novas áreas e às melhorias tecnológicas implementadas pelos produtores e técnicos. Ele destacou a resistência natural das oliveiras em enfrentar déficits hídricos prolongados, como os causados pela estiagem no último verão.
A produção expressiva de azeites no Rio Grande do Sul e o crescimento do número de fábricas refletem o sucesso da olivicultura no estado. Com o aumento da produção, é fundamental buscar novos mercados e combater a falsificação, garantindo que os consumidores tenham acesso aos azeites de alta qualidade produzidos localmente.
Foto:Julia Chagas/Ascom Seapi
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).