Quatro pessoas foram presas neste domingo (2), em Passo Fundo, na Região Norte do Rio Grande do Sul, por suspeita de aplicar o golpe do bilhete premiado. Segundo informações da Polícia Civil, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão preventiva. No local da operação, foram encontrados documentos falsos, dinheiro, relógios e joias. Até o momento, a identidade dos presos não foi revelada.
A polícia também já identificou outros seis suspeitos, todos da cidade de Passo Fundo, que teriam causado prejuízo a pelo menos 10 vítimas. A investigação, denominada operação Tessera Fabula, teve início em março, após uma idosa de Porto Alegre ter sido lesada em R$ 200 mil, US$ 3,5 mil e joias pelos golpistas. Acredita-se que o total de prejuízo das vítimas possa alcançar a marca de R$ 2 milhões.
Conforme apurado pela polícia, os golpistas atuavam em duplas, abordando as vítimas diretamente, enquanto outros três membros da quadrilha observavam, fornecendo suporte logístico. Durante as investigações, constatou-se que os criminosos agiam em diversas cidades da região Sul do Brasil, abrangendo os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além de São Paulo.
O delegado Thiago Albeche, titular da DRCID, ressaltou a importância de prender os suspeitos para interromper a prática dos crimes. "Assim que recebemos as ordens de prisão, organizamos a operação e partimos no dia seguinte, garantindo o máximo de sigilo e eficiência em nossa atuação. Era essencial neutralizá-los com urgência", afirmou Albeche.
O golpe do bilhete premiado ocorre geralmente quando uma vítima é abordada por um golpista, que se passa por uma pessoa humilde e afirma possuir um bilhete premiado. Os criminosos costumam abordar as vítimas pessoalmente, até mesmo nas ruas, e solicitam ajuda para resgatar um falso prêmio.
Em determinado momento, os golpistas conseguem convencer as vítimas a fornecer dinheiro ou objetos de valor em troca do bilhete, muitas vezes com a colaboração de outros membros da quadrilha que confirmam a premiação e persuadem a vítima a transferir valores para o suposto ganhador como garantia para receber parte do prêmio.
Foto: G1 RS.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).