Uma análise comparativa revela que os cofres gaúchos sofreram uma perda de 8,2% nos recursos em 2022 em comparação com o ano anterior. Esse desempenho negativo é o pior do país quando se leva em consideração as receitas de caráter permanente, excluindo empréstimos e venda de bens. A situação foi agravada pela combinação de redução das alíquotas de ICMS, queda nas transferências federais e sucessivas secas que afetaram o setor do agronegócio.
Uma recente inversão no cenário financeiro do Rio Grande do Sul tem chamado a atenção e gerado preocupação. O estado, que vinha acumulando boas notícias, passou a emitir sinais de dificuldades, e parte disso pode ser explicado pela maior queda de receita corrente entre todos os estados brasileiros no ano passado.
Após longos períodos de déficits e crises financeiras que resultaram em atrasos no pagamento dos servidores, nos últimos anos os gaúchos haviam começado a sentir sinais de alívio. Os salários foram colocados em dia, e o estado anunciou investimentos de mais de R$ 6 bilhões no primeiro ano do programa chamado Avançar.
No entanto, recentemente, o tom dos anúncios oficiais mudou. O governo informou que não seria possível fazer a revisão geral de salários dos servidores neste ano e teve que recorrer a recursos cedidos por outros poderes. Um ano após concluir a adesão ao regime de recuperação fiscal (RRF), foi divulgado que, a partir de 2028, o estado não será capaz de manter os pagamentos da dívida com a União em dia, a menos que sejam novamente renegociados.
Esses desafios financeiros representam um cenário preocupante para o Rio Grande do Sul, que enfrenta dificuldades em equilibrar suas contas e manter os compromissos em dia. Medidas serão necessárias para superar essa situação e garantir uma recuperação econômica sustentável, assegurando assim a estabilidade financeira e o bem-estar da população gaúcha.
Foto: Correio Braziliense.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).