Tenente-coronel Mauro Cid deve depor na CPMI do 8 de Janeiro
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Publicado em 28/06/2023

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, está previsto para prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro na próxima terça-feira (4). A informação foi confirmada pelo presidente da comissão, deputado Arthur Maia.

O comparacimento do tenente-coronel foi convocado pela CPMI, o que o torna obrigado a ter comparecido. No entanto, na semana passada, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, concedeu a ele o direito de permanecer em silêncio durante o depoimento.

Cid foi preso em 3 de maio em uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga fraude nos dados de vacinação contra a Covid-19. Ele também está sob investigação da PF por suspeita de conspirar para que Bolsonaro realize um golpe de Estado após a eleição.

Além disso, no celular do militar, a PF encontrou o rascunho de um decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), uma medida que só pode ser assinada pelo presidente da República e que determinou a atuação das Forças Armadas em casos de perturbação da ordem pública.

Depoimentos na CPMI Até o momento, sete pessoas foram ouvidas pela comissão. O primeiro a depor foi Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), suspeito de direcionar as ações da corporação na região Nordeste durante o segundo turno da eleição, com intenção de interferir no resultado da votação.

Em seguida, foram ouvidos o delegado da Polícia Civil Leonardo de Castro e os peritos Renato Martins Carrijo e Valdir Pires Dantas Filho, que estiveram envolvidos no caso da tentativa de explosão de uma bomba próxima ao aeroporto de Brasília. O empresário George Washington de Oliveira Sousa, condenado por tentar explodir um caminhão-tanque, também prestou depoimento.

Na segunda-feira (26), foi a vez de Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal, depor perante uma comissão. Na terça-feira (27), o coronel do Exército Jean Lawand Júnior, citado em uma investigação da PF por suspeita de ter solicitado a Cid que convencesse Bolsonaro a dar ordens de golpe de Estado, foi ouvido.

 

Foto: Alan Santos.

Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes).

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