Putin discursa após rebelião do grupo Wagner
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Publicado em 27/06/2023

Nesta terça-feira (27), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, proferiu um discurso diante das tropas russas no Kremlin, localizado em Moscou. O pronunciamento ocorre três dias após uma rebelião protagonizada por membros do grupo paramilitar Wagner, que atua ao lado das tropas russas na Ucrânia.

No início de seu discurso, Putin destacou que "nem o Exército nem o povo russo estava ao lado dos rebeldes". Além disso, o líder russo afirmou que não era necessário deslocar qualquer tropa que estivesse combatendo na Ucrânia para auxiliar na contenção da rebelião. Ele expressou sua gratidão às unidades das Forças Armadas, da Guarda Nacional e das forças de segurança de Moscou, que "contribuíram para a manutenção da ordem durante o motim", que teve início na tarde de sexta-feira (23) e se estendeu até à tarde de sábado (24).

Os mercenários do grupo Wagner ameaçaram invadir a capital russa e estavam a caminho da cidade quando um acordo entre as duas partes foi anunciado. Durante uma revolta, a Praça Vermelha foi temporariamente fechada e protegida por tanques.

Assim como em seu discurso à nação na segunda-feira (26), Putin reiterou que os mercenários não conseguiriam tomar Moscou, mesmo sem um cessar-fogo. Na tarde de sábado (24), enquanto as tropas do grupo Wagner marchavam em direção à capital russa, as duas partes chegaram a um acordo mediado pelo governo de Belarus, um aliado de Putin.

Além do pronunciamento, Putin tem agendada para esta terça-feira uma reunião com membros do alto escalão das Forças Armadas, bem como com representantes da mídia estatal russa, para discutir estratégias, conforme informação por seu porta-voz. Durante a reunião, espera-se que sejam abordadas questões relacionadas aos acontecimentos recentes e às medidas a serem adotadas para garantir a segurança e a estabilidade da região.

 

Foto: Ramil Sitdikov/Reuters.

Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes). 

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