A Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (22) que não houve sobreviventes no desastre envolvendo um submarino, quatro dias após o seu desaparecimento no mar.
No início da tarde, tiveram as primeiras notícias preocupantes quando uma sonda submarina descobriu destroços na área de busca, no fundo do Oceano Atlântico. No entanto, a Guarda Costeira ainda não pôde confirmar se as peças eram do submarino.
Mais tarde, chegou uma confirmação: a Guarda Costeira anunciou que não há sobreviventes e que cinco partes do submarino foram localizadas, classificando o evento como catastrófico.
Durante uma coletiva de imprensa, o almirante John Mauger afirmou que os destroços foram localizados a cerca de 500 metros do local onde o Titanic afundou, esclarecendo que os filhos ouviram no fundo do mar na terça-feira (20) e quarta-feira (21 ) não parece estar relacionado ao submarino. O almirante expressou pesar pelas mortes e prestou condolências às famílias das cinco vítimas.
Os tripulantes eram:
- O magnata e explorador britânico, Hamish Harding;
- O empresário paquistanês, Shahzada Dawood, e seu filho adolescente, Suleman;
- O francês Paul Henri Nargeolet, um dos maiores especialistas do mundo na história do Titanic;
- O piloto e chefe da empresa OceanGate, Stockton Rush.
Todos embarcaram nessa aventura que custava até US$ 250 mil por pessoa, equivalente a mais de R$ 1 milhão.
A empresa responsável pela expedição divulgou um comunicado lamentando as mortes e destacando que esses homens eram verdadeiros exploradores, compartilhando um espírito de aventura distinto e uma paixão profunda pela exploração e proteção dos oceanos do mundo.
A expedição partiu de um porto na província canadense de Newfoundland na sexta-feira (16) e, na manhã de domingo (18), os cinco tripulantes embarcaram no submarino Titan, que desceram em direção ao fundo do mar. Menos de duas horas após o início da descida, os coordenadores da expedição, que estavam na superfície, perderam o contato com o submarino. A Guarda Costeira americana foi acionada no final da tarde de domingo (18).
A operação de busca mobilizou navios, aviões e equipes de diversos países, incluindo uma sonda submarina francesa capaz de atingir uma profundidade de 4 mil metros, onde estão os destroços do Titanic e onde os cinco ocupantes pretendiam chegar.
A principal hipótese das autoridades é que o submarino tenha implodido. Isso ocorre quando a pressão externa é tão intensa que rompe a resistência da estrutura e faz com que ela desmorone de fora para dentro. Especialistas já haviam alertado, em 2018, que passeios como esse, utilizando submersíveis semelhantes ao Titan, apresentavam grandes riscos.
A tragédia que vitimou 1,5 mil pessoas em 1912 continua a inspirar aventureiros até os dias de hoje.
Foto: G1.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes e Igor Islabão).