A professora e pesquisadora do curso de Psicologia da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Karen Jansen, foi destacada como uma das principais pesquisadoras em sua área no Brasil pelo site research.com.
Karen Jansen é reconhecida por suas publicações que abordam temas relacionados à Psiquiatria, Transtorno Bipolar, Psicologia Clínica e Transtorno Depressivo Maior. Seus estudos foram conduzidos no entendimento e tratamento dessas condições de saúde mental.
Um de seus estudos mais destacados revelou a possibilidade de conversão de quadros depressivos em transtorno bipolar, além de apresentar resultados promissores na remissão da depressão leve e moderada em apenas oito sessões de psicoterapia. Essas descobertas foram iniciadas pelo meio do acompanhamento de 903 pacientes no município.
O reconhecimento pelo site research.com leva em consideração a relação entre o número de artigos publicados e a quantidade de citações desses trabalhos em outras pesquisas. Karen Jansen já acumula 3.697 citações e possui 190 publicações, posicionando-se como a 19ª pesquisadora mais influente em seu campo no Brasil.
"A importância de um pesquisador não se resume apenas ao número de artigos publicados, mas também à consciência de suas descobertas e à influência que elas têm sobre outros estudiosos", ressalta Karen sobre a métrica utilizada pelo site.
Com uma carreira de 12 anos como pesquisadora, a psicóloga tem se dedicado a investigar não apenas a fisiopatologia dos transtornos de humor, mas também as intervenções psicoterapêuticas e as possíveis alterações neuroquímicas e da microbiota intestinal relacionadas a esses quadros clínicos.
Um de seus estudos revelou que 12,4% dos pacientes atendidos no ambulatório com quadros depressivos progrediram para o diagnóstico de transtorno bipolar. Essa descoberta tem impacto significativo no diagnóstico e tratamento dessas condições, uma vez que a bipolaridade é uma doença crônica com linguagem mais complexa para a vida dos indivíduos.
Além disso, Karen e seu grupo de pesquisa identificaram que quadros leves a moderados de depressão responderam positivamente a apenas oito sessões de psicoterapia, sem a necessidade de medicação. A abordagem terapêutica utilizada mostrou-se eficaz na prevenção da evolução para quadros depressivos mais graves, ansiedade ou risco de sintomas psicóticos e suicídio.
Diante dos resultados obtidos, a pesquisadora agora se prepara para liderar um novo estudo que oferecerá tratamento gratuito para pessoas com transtorno depressivo. O atendimento psicológico terá duração de dois a três meses e será disponibilizado tanto presencialmente quanto online.
Os interessados em participar poderão acompanhar as informações e o formulário de inscrição, que serão divulgados em breve no site e no Instagram da Universidade Católica de Pelotas.
Foto: Leandro Lopes.
Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes e Igor Islabão).