Termina o prazo de oxigênio do submarino desaparecido
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Publicado em 22/06/2023

Por volta das 7h desta quinta-feira (22), chegou ao fim a previsão de tempo de oxigênio disponível no submarino Titan, que desapareceu no Oceano Atlântico durante uma expedição aos destroços do Titanic. A estimativa foi feita pela Guarda Costeira dos Estados Unidos.

O submarino, pertencente à última empresa OceanGate, desapareceu no domingo (18) com cinco tripulantes a bordo. Desde então, as equipes de resgate do Canadá e dos Estados Unidos, com o auxílio de embarcações francesas, realizaram buscas intensivas pela embarcação.

Inicialmente, no domingo, a estimativa era de que a tripulação dispusesse de mais 96 horas de oxigênio. No entanto, na manhã de quarta-feira (21), o contra-almirante John Mauger, em entrevista à BBC, informou que as autoridades americanas já observaram com um prazo inferior a 20 horas.

Até o momento, os principais reflexos de que os tripulantes podem estar vivos são os ruídos captados pela sonda de um avião canadense. No entanto, na tarde de quarta-feira, a Guarda Costeira dos EUA afirmou em coletiva de imprensa que ainda não tinha informações claras sobre a natureza desses ruídos, que se assemelham a batidas.

Nesta manhã, um navio de pesquisa francês, equipado com um robô de mergulho, encontrou a velocidade enquanto realizava buscas na área onde o submarino perdeu contato com a base. Especialistas afirmam que essa redução de velocidade pode indicar que uma sonda, conectada ao navio por um cabo de fibra ótica, encontrou algo no fundo do mar. No entanto, até o momento desta atualização, não havia confirmação sobre essa possibilidade.

Oito navios, além de aeronaves e sondas, estão empenhados nas operações de busca pelo submarino, que ocorrem a 600 km da costa do Canadá. As buscas se concentraram em uma região onde as aeronaves capturaram ruídos subaquáticos que podem estar relacionados ao submarino. No entanto, a Guarda Costeira dos EUA reconhece que não tem certeza de que esses filhos são provenientes da embarcação desaparecida.

A profundidade em que o submarino possivelmente se encontra é um fator que pode dificultar o resgate. Segundo relatos da imprensa americana, uma embarcação tripulada da Marinha dos EUA só pode descer a uma profundidade de cerca de 600 metros. Porém, os destroços do Titanic estão a quase 3.900 metros de profundidade. Nesse caso, um veículo operado à distância pode ajudar no resgate e no içamento do submarino até a superfície.

 

Foto: OceanGate Expeditions/Reuters.

Priscila Fagundes (estagiária sob supervisão de Paola Fernandes e Igor Islabão). 

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